Mullazinho, meu querido. Estive lendo o seu blog e uma pesquisadora disse coisas profundas sobre você. Ela até conseguiu te analisar. Então, aqui vai um comentário e uma estória:
Nasrudin também é um transgressor: dá drible nas regras, goleia o convencional, e chuta o preconceito para escanteio. Será que ele quer mesmo ensinar, ou somos nós que sempre encontramos algo para aprender?
O Mullá me contou uma de suas histórias que agora eu conto de memória. Porque, melhor do que ler uma porção de contos é aprender a decorar algum e trazê-lo vivo no coração e na lembrança.
Pois bem, certa vez lá estava Nasrudin passeando na feira quando, de repente, topou com um velho amigo que era ótimo comerciante. O homem tentava vender um papagaio bonitão que estava num poleiro. Próximo da ave havia um cartaz que dizia o valor da “mercadoria”: R$ 500,00. Nasrudin viu aquilo, parou, analisou e perguntou:
- Amigo, por que este papagaio, que é tão comum no Brasil, custa tanto dinheiro assim?
- Ah, Mullá! É que este papagaio fala!
- Oh... oh... – e Nasrudin se retirou em silêncio, pensativo.
Pouco depois, o Mullá chegou novamente na feira, desta vez trazendo um corvo bem feio, chôcho e muito quieto, parecendo doente. Escolheu um lugar bem em frente ao amigo que vendia o papagaio. Pendurou o poleiro com o corvo e junto a ele colocou um cartaz onde estava escrito com letras bem grandes:
"Vendo este corvo por apenas R$ 5.000,00. Uma pechincha!"
- Mas o que é isso, Nasrudin,você está maluco!? – exasperou-se o concorrente.
- Por que você está vendendo este corvo sem graça por 5 mil reais? O meu papagaio, que até sabe falar, custa 500 reais.
- É,respondeu Nasrudin, o seu papagaio fala, mas o meu corvo PENSA!
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